sábado, 25 de maio de 2013

A história da oração


Quando o ser humano começou a orar? Quem fez a primeira oração?

A última frase de Gênesis 4 registra que, logo após o nascimento de Enos, começou-se “a invocar o nome do Senhor” (Gn 4.26). Embora o verbo “invocar” pareça sinônimo de cultuar ou adorar, em outros textos ele é sinônimo de clamar ou orar. Numa de suas orações, Davi escreve: “Na minha angústia, “invoquei” o Senhor, “clamei” a meu Deus; ele, do seu templo, ouviu a minha voz” (2Sm 22.7). No Salmo 50, Deus diz: “Invoca-me no dia da angústia: eu te livrarei, e tu me glorificarás” (Sl 50.15). As mesmas palavras são proferidas pela boca do profeta Jeremias: “Invoca-me, e te responderei” (Jr 33.3).

A expressão “invocar o nome do Senhor” aparece seis vezes no primeiro livro da Bíblia. Abraão (12.8; 13.4; 21.33), sua escrava Agar (16.13) e seu filho Isaque (26.25) invocam o nome do Senhor. A esta altura da história humana tal ato já seria um exercício religioso habitual.

As outras orações de Gênesis não são meras invocações da presença de Deus, mas súplicas bem elaboradas e mais explícitas. A primeira é um modelo de oração intercessória. As outras são pedidos em favor da interferência da misericórdia e do poder de Deus para resolver situações difíceis (a oração do servo de Abraão), situações ligadas a problemas de saúde (a oração de Isaque) e situações de perigo (as orações de Jacó).

Abraão demora-se na presença de Deus e insiste o quanto pode em favor da não-destruição de Sodoma e Gomorra, em benefício de alguns poucos justos porventura ali residentes. E ele consegue o favor de Deus vez após vez: Deus não destruiria as cidades da campina caso houvesse ali cinquenta, 45, quarenta, trinta, vinte ou dez justos. Como não havia nem sequer dez, as cidades foram destruídas (Gn 18.22-33). O mesmo Abraão orou em favor da saúde de Abimeleque, sua mulher e servas (Gn 20.17).

O filho de Abraão e Agar, ao ser mandado embora junto com a mãe, não tendo mais água para beber, clamou e “Deus ouviu a voz do menino” (Gn 21.17).

O servo de Abraão não sabia como cumprir a delicada missão de conseguir uma esposa para o filho solteirão de seu senhor. Então apelou à oração e foi plenamente atendido. A primeira moça com a qual se encontrou na Mesopotâmia tornou-se esposa de Isaque. O servo fez questão de contar essa experiência de oração à família da jovem (Gn 24.10-50).

Como Rebeca não engravidava, “Isaque orou ao Senhor por sua mulher, porque ela era estéril”. Depois de completar bodas de porcelana, aos 60 anos, nasceram os gêmeos Esaú e Jacó (Gn 25.19-26).

Depois de casar-se com quatro mulheres, de se tornar pai de doze rapazes e de Diná, e de ficar muito rico, Jacó resolveu voltar para sua terra. Porém, logo soube que o irmão ainda alimentava vingança contra ele e vinha ao seu encalço com quatrocentos homens armados. Ao perceber que ele e sua família estavam em perigo, Jacó orou ao Senhor: “Livra-me das mãos de meu irmão Esaú, porque eu o temo, para que não venha ele matar-me e as mães com os filhos”. Foi uma oração perseverante e audaciosa, pois do lado de cá do Jaboque ele disse ao Senhor: “Não te deixarei ir se não me abençoares”. A emoção desarmou Esaú, os dois inimigos choraram um no ombro do outro e a guerra acabou (Gn 32.3-32).

O que mais se aprende com esta história de oração é a humildade com que elas foram feitas. Na intercessão por Sodoma, Abraão declarou: “Eis que me atrevo a falar ao Senhor, eu que sou pó e cinza” (Gn 18.27). Jacó também confessou o que de fato era ao começar sua oração com as seguintes palavras: “Sou indigno de todas as misericórdias e de toda a fidelidade que tens usado para com teu servo” (Gn 32.10).

Bom seria se todas as nossas orações começassem com essa confissão de Jacó e a do publicano: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (Lc 18.13).

Fonte: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/319/a-historia-da-oração

terça-feira, 7 de maio de 2013

A nefasta glorificação do suicídio


José Manoel Bertolote, consultor da Organização Mundial da Saúde, lança livro sobre a prevenção do suicídio e defende que se fale mais do tema. Enquanto a imprensa não fala do tema, as políticas preventivas titubeiam e os médicos varrem o assunto para baixo do tapete, 1.339 pessoas do Brasil foram internadas nos dois primeiros meses do ano após tentarem o suicídio.

Os dados do banco virtual abastecido pelo Ministério da Saúde – levantados pelo iG Saúde – apontam 22 casos por dia só nos dois primeiros meses de 2013.

Em meio ao sigilo imposto para tratar do suicídio, o psiquiatra professor da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) e consultor da Organização Mundial de Saúde (OMS) , José Manoel Bertolote, quer falar aos quatro cantos do planeta.

Ele acaba de lançar um livro (O Suicídio e sua Prevenção) com as estratégias para prevenir o evento que figura entre os líderes de causas de morte em vários países do mundo. No Brasil, é o quarto motivo mais incidente entre os óbitos por causas externas, atrás de homicídios, acidentes de transporte e causas não identificadas.

Em entrevista ao iG, Bertolote afirma que o silêncio e o tabu que marcam o assunto não impediram o surgimento de um “nefasto glamour em torno do suicídio”.

“São inúmeros sites na internet que ensinam, de forma muito didática, as pessoas a cometerem suicídio. Estes endereços eletrônicos disseminam comportamentos perigosos e precisam ser combatidos. Há uma glorificação atual da morte provocada. São músicas, clipes, filmes que apresentam o suicídio de uma forma artística, como uma moda a ser seguida”, afirma.

Para reverter o quadro, o especialista neste assunto proibido defende articulação e um debate com os líderes religiosos e com a Justiça – que ainda considera os suicidas criminosos.

Bertolate diz ainda que são necessárias mudanças na rede de saúde, com um trabalho forte para identificar os mais vulneráveis às lesões autoprovocadas.

Segundo ele, as pesquisas científicas atestam que, na maioria das vezes, há arrependimento em quem provoca a morte intencionalmente e nem sempre há chance de reverter o dano provocado.
“É penoso assistir a estes casos”. Leia a seguir a entrevista.

iG: A sociedade e a imprensa lidam com reservas com o assunto suicídio. Para a medicina o tema também é tabu?

Bertolote: Os médicos não são treinados para enfrentar a morte em geral, não só na questão do suicídio. Existe um mito de que a medicina é uma luta contra a morte. Os médicos têm uma tradição de sempre agir como se a morte fosse evitável, o que é um erro. Ninguém escapa da morte. Diante de um óbito, os profissionais reagem mal. Os estudantes não são preparados para falar sobre a morte com os seus pacientes, como se o perigo de morrer não existisse.
 
Talvez, isso seja fruto de um distanciamento necessário para a classe dar conta de enfrentar as situações nas emergências, nas unidades de terapia intensiva. Mas o fato é que essa distância acaba exagerada e o assunto é varrido para baixo do tapete. A questão do suicídio está inserida nesse panorama. O médico não detecta os sinais prévios do suicídio e se surpreende quando ele acontece.
 
Qualquer morte é uma tragédia familiar, mas quando ela é resultante das causas naturais e de doenças crônicas, com evolução lenta, há uma preparação familiar para o acontecimento. O suicídio, invariavelmente, é um acidente inesperado. Pega de surpresa e desperta dois sentimentos nos que ficam: perplexidade que desemboca em culpa. É comum os familiares se perguntarem: ‘onde eu falhei?’, ‘o que foi que eu não vi?’. Mas também é despertada uma raiva: ‘por que ele fez isso comigo’. São duas sensações, de fracasso e de raiva, que atrapalham muito a recuperação desta família.
 
iG: O senhor é um grande defensor da prevenção do suicídio, tema do seu último livro. Existe uma estratégia universal de prevenção?
 
Bertolote: Não é possível prever todos os casos. O suicídio continua sendo um evento raro, ainda que subestimado. Isso significa que o custo para aplicar uma estratégia de prevenção universal, fazendo uma avaliação de toda a população, seria muito alto diante das estatísticas de morte não tão numerosas.

Mas o fato é que algumas pessoas são mais vulneráveis ao suicídio do que outras. E para estas vulneráveis é imprescindível que sejam dirigidas ações preventivas, o que não é feito. Já está embasado que doenças como depressão, alcoolismo e esquizofrenia aumentam a vulnerabilidade ao suicídio. Existem condições que não são doenças – no sentido do termo – mas transtornos de comportamento que também ampliam o risco. Além delas, sabemos que doenças físicas, crônicas, incuráveis e de natureza dolorosa também estão mais associadas ao fenômeno.
O exemplo da aids é contundente, com estudos muito bem-feitos. Na época em que não existiam tratamentos para o HIV, as taxas de suicídios entre os soropositivos eram muito mais altam e foram diminuindo com o surgimento de terapias efetivas contra o vírus. Hoje, sabemos que ainda é necessário um trabalho preventivo com os pacientes de aids e também com os portadores de doenças neurológicas degenerativas, certas formas de câncer e até cefaleias (dores de cabeça muito fortes) crônicas.

Outro ponto de atenção é para as demências senis, quando estão no início do quadro. Os idosos que preservam certa lucidez no começo dos sintomas também estão mais vulneráveis por não saberem lidar com as limitações impostas pela doença.

iG: Esta associação com doenças crônicas pode ser uma das explicações para os casos de suicídio estarem mais concentrados na população maior de 60 anos?

Bertolote: Sim. O suicídio é um fenômeno masculino, característico de idosos e não de jovens, apesar de também acontecer entre os mais novos. No final da vida, são acumuladas mais doenças e limitações. Elas ficam penosas com o passar dos anos e estão associadas com este fenômeno.

iG: É possível classificar o suicídio como uma doença ou um sintoma?

Bertolote: Suicídio é uma causa de morte. Existem as causas naturais, as causas acidentais, os homicídios e os suicídios. Não é uma doença. Mas é certo que é uma causa de morte frequentemente associada a certas doenças. É bom lembrar que nem todos os depressivos são suicidas, por exemplo.

iG: Um dos temores ao falar sobre suicídio é que o fato pode desencadear comportamentos semelhantes em cadeia. Sua experiência mostra que isso realmente ocorre?
 
Bertolote: Existe o fenômeno social da imitação e também o fenômeno do contágio. Há um emprego cada vez mais frequente de tentativas de suicídio que são mais letais, que não existiam antes. Até anos atrás não havia a facilidade existente hoje para conseguir uma arma de fogo. Com isso, aumentaram as tentativas de suicídio usando este método que acabam resultando em mortes que antes não seriam exitosas para o óbito, já que as tentativas eram menos letais.
 
Outra mudança que eu considero nefasta é que hoje também existe uma glorificação do suicídio. São inúmeros sites na internet que ensinam, de forma muito didática, as pessoas cometerem suicídio. Estes endereços eletrônicos disseminam comportamentos perigosos e precisam ser combatidos. Há uma glorificação atual da morte. São músicas, clipes, filmes que apresentam o suicídio de uma forma artística, glorificada.
 
Assim como num passado recente existiu o culto às doenças mentais, disseminados por filmes do Woody Allen, por exemplo. Virou ‘cult’ ter uma doença psíquica. Hoje, usando mecanismos muito parecidos, vejo que há uma cultura que ostenta a morte provocada como algo ‘in’, que está na moda. É algo nefasto porque as pessoas acabam embarcando nisso.
 
iG: O senhor considera que está glorificação é resultante de quais fatores?

Bertolote: Talvez seja um reflexo do desencanto com o contemporâneo. Digo isso sem embasamento científico nenhum ou estudo aprofundado, mas a minha avaliação é que a glorificação do suicídio é influenciada por essas transformações rápidas do mundo atual, sejam das formas de comunicação ou de tecnologia. As pessoas não se adaptam, não acompanham. A mensagem que fica é que a vida perde a graça muito fácil e neste contexto é perigoso que as músicas, os videoclipes e a arte apresentem o suicídio de maneira tão glamourizada.

Mas também existe um grupo que não sabe lidar com o sofrimento e que encara o suicídio como uma possibilidade de solução. Para estas pessoas, a morte provocada pode ser influenciada por um modelo de transmissão. Por exemplo: caso alguém de destaque, que sirva como uma referência, como um pai, um avô, um ídolo, cometa suicídio, a mensagem para esta parcela é de que este pode ser um caminho a ser seguido. Por isso, precisamos falar, sem tabus, mas de forma coerente e contundente sobre o assunto.

iG: Este modelo de transmissão é o que pode explicar vários casos de suicídio em uma família? Não existiria uma explicação genética para um núcleo familiar em que o pai comete o suicídio e anos depois o filho também, por exemplo?

Bertolote: Sim, existe esta influência da transmissão do suicídio como alternativa que pode explicar os casos em família. Outro ponto é que apesar de não herdarmos o ‘gene’ do suicídio, se herdam vários genes, que estão associados a outras doenças, que deixam a pessoa mais vulnerável e predisposta a esta causa de morte.

iG: O senhor afirma com convicção científica que parte considerável dos suicidas não quer morrer. Isso reforça a importância da prevenção?

Bertolote: O suicídio é uma situação de ambivalência. Não está em questão apenas se a pessoa quer viver ou morrer. Ela quer escapar de uma situação desagradável, angustiante, de sofrimento absoluto. E quase sempre, quando opta pelo suicídio, percebe que não é uma boa escolha.

O arrependimento está muito catalogado em todas as pesquisas que se propuseram a estudar o tema. São trabalhos de extrema qualidade, feitos no Japão, em vários países da Europa, no Islã, que entrevistaram pessoas que tentaram o suicídio, foram hospitalizadas após a tentativa, muitas em estado grave e irreversível para a sobrevivência. É penoso demais atestar que a maioria estava arrependida, desesperada ao constatar que a morte era irreversível. Enfim, todos os estudos concluem que o arrependimento é muito presente e sim reforça a necessidade de prevenção.

iG: Desde que o senhor passou a pesquisar o suicídio, quais mudanças pontuaria na forma de encarar este fenômeno?

Bertolote: A transformação mais importante, ainda em curso, é a maneira como os religiosos passaram a encarar o suicídio. Muitas religiões, independentemente do ponto de vista médico ou jurídico, consideram o suicídio um pecado imperdoável. Este é um ponto em comum do catolicismo, do judaísmo (que prevê até cemitérios diferentes para quem se mata) e do islamismo, que coloca o ato como o pior dos pecados. Enquanto estive na Organização Mundial de Saúde (OMS) insistia com frequência em trabalhar com as lideranças religiosas para que eles entendessem este fenômeno como um processo patológico em vez de punir as famílias e resignar aqueles que tentaram o suicídio como um pecador imperdoável.

Busquei informações sobre esta condenação religiosa do suicídio e constatei que há teólogos que elaboram o suicídio como pecado, mas essa determinação ficava mais a critério de cada um. Por isso, fiz inúmeras reuniões com bispos, líderes protestantes e islâmicos, do judaísmo e com muita satisfação percebia que eles ficavam menos resistentes ao tema e já vejo uma mudança de postura, de acolhimento e não de rejeição. Este comportamento por parte das religiões implica também em mudar as leis. Em muitos países, inclusive no Brasil, suicídio ainda é considerado crime. Porém, há pelo menos 30 anos, não tenho conhecimento de nenhum processo jurídico aberto para julgar um caso desses. Felizmente.
iG: Além da mudança comportamental, o senhor acredita que a estrutura de saúde também precisa ser transformada para prevenir o suicídio?

Bertolote: Sem dúvida. Os médicos precisam ser treinados para identificar os sinais prévios ao suicídio e também ficar atentos aos casos mais vulneráveis. Aqui em Botucatu (interior de SP), onde atuo por meio da Faculdade de Medicina, tomamos uma decisão: se uma pessoa comparece com sinais de depressão a qualquer unidade de saúde, seja um posto, um hospital ou um serviço de saúde da família, a orientação é para que ela seja acompanhada até um serviço especializado e não encaminhada para que faça isso com as próprias pernas. Acompanhar é diferente de encaminhar, sugerir. Se ela for apenas encaminhada, pode ser que não chegue.

Fonte: Fernanda Aranda para o portal IG - 06.05.2013. Disponível em http://saude.ig.com.br/minhasaude/2013-05-06/ha-uma-nefasta-glorificacao-do-suicidio.html

terça-feira, 9 de abril de 2013

Quem sabe dizer "não" vive mais feliz


Quem sabe dizer "não" vive mais feliz e ganha o respeito dos outros.

Para algumas pessoas, recusar um pedido ou mesmo impor limites nas relações é uma tarefa complicadíssima. E não sem motivo. "Desde a infância, somos incentivados a nos esforçar para socializar com os outros. Num misto de solidariedade e compromisso, aprendemos a estar sempre à disposição", explica André Faro, doutor em psicologia e professor da Universidade Federal de Sergipe.

Neste cenário, declinar do que quer que seja vai contra os ensinamentos incorporados e ainda desperta o medo de magoar. "É comum acreditar que ao dizer 'não' vamos decepcionar o outro e até perder o seu afeto", diz a psicóloga Marina Vasconcellos, especialista pelo Instituto Sedes Sapientiae. "Para muita gente, aceitar tudo é uma condição para manter relacionamentos, ser amada e aceita", completa Faro. 
 
Por outro lado, fica mais fácil impor a própria vontade quando se está seguro em uma relação. Isso explica porque muitas vezes é mais fácil recusar um pedido dos pais do que do parceiro ou parceira. "Você sabe que mesmo com brigas e discussões, a família sempre será mais tolerante. As chances de perder o afeto e a atenção do cônjuge são bem mais reais", pondera Herculano Campos, psicólogo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 
 
Bonzinho, sem ser bobo
 
No ambiente profissional é mais comum engolir mais sapos, porque o funcionário pode ser mal visto ao recusar um trabalho ou pedido de um colega. "Em todos os outros tipos de relação, no entanto, o receio de dizer 'não' simplesmente não deveria existir", diz Marina. Nesses casos, a gentileza, a amizade e a solidariedade são realmente qualidades louváveis, mas não ao custo da autoanulação, ou seja, da supressão das próprias vontades e ideias para agradar. "É importante relevar algumas coisas e atender aos desejos do outro, mas não o tempo inteiro", reforça. 
 
Aceitar, de pronto, todos os pedidos alheios costuma provocar um sentimento de frustração. "As pessoas se arrependem de dizer "sim" e depois são atormentadas por aquele mal-estar por um tempo", afirma Faro. "É preciso ter em mente que qualquer relação precisa de limites, pois, além da amizade, do amor e da camaradagem, a individualidade do sujeito está em jogo" completa ele. Já quem consegue ser assertivo, equilibrando "sim" e "não", em geral, vive mais feliz. "Aquela pessoa muito boazinha nem sempre é a mais valorizada. Posicionar-se é uma forma de mostrar ao mundo que você faz escolhas sobre a própria vida e que exige que elas sejam respeitadas", garante Marina. 
 
Respeito e gentileza evitam conflitos
 
Diante de qualquer pedido que cause incômodo ou mal-estar, peça um tempo para pensar antes de responder. Uma dica é analisar as consequências do que vai dizer. "Se aceitar, qual é o impacto que você provocará no outro? Isso vai ajudar a reforçar a imagem positiva que ele tem de você? Qual é o preço que você terá que pagar por isso? Vale a pena?", questiona Herculano Campos. O psicólogo garante que, muitas vezes, o clima chato que se instaura depois do "não" dura menos do que o sentimento negativo que faz o indivíduo se remoer por dentro, ao perceber que contrariou as próprias vontades. 
 
No entanto, para se impor, não é preciso agredir ou ofender. "Todo tipo de conteúdo pode ser transmitido de diversas formas e até uma recusa pode ser acompanhada de uma atitude de respeito pelo outro e de uma boa dose de gentileza", diz Marina. Também fica mais fácil aceitar e compreender um "não" que vem amparado por uma justificativa honesta e delicada. "Para justificar a recusa, basta mostrar que as perspectivas divergem, sem querer ditar o que é certo e o que é errado", ensina Faro. 
 
Agora, é preciso estar preparado para casos em que a negativa seja mal interpretada, apesar de todos os cuidados. "Não sabemos com clareza se a outra pessoa entenderá nosso ponto de vista. Quem pede algo com a certeza de que será atendido tende a ficar mais incomodado diante da negativa", avisa o psicólogo. "No entanto, se após as explicações o outro permanecer irredutível a ponto de mudar a maneira de se relacionar, cabe uma avaliação sobre a relevância desta amizade. Afinal, num relacionamento saudável, todos devem ter a liberdade de se expressar e de se colocar", finaliza.
 

sexta-feira, 29 de março de 2013

Liderança e Solidão



“Ninguém me assistiu na minha primeira defesa; antes, todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado” (2Tm 4.16).

A natureza da liderança o torna uma pessoa solitária. Ser líder significa estar à frente da multidão. Líderes são pessoas solitárias. Muitas decisões são deixadas para eles. Eles não têm ninguém para ajudá-los quando se trata de certas coisas.

Líderes que experimentaram a solidão

1. Jesus orou só no Jardim do Getsêmani enquanto todos os demais dormiam

“E, indo um pouco adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. E, voltando, achou-os outra vez adormecidos, porque os seus olhos estavam carregados. E, deixando-os de novo, foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras” (Mt 26.39, 43,44).

Ele foi à cruz sozinho enquanto todos fugiam.

“Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram” (Mt 26.56b).

2. Elias estava sozinho no deserto quando ele foi alimentado pelos corvos

Foi lá que ele ouviu o chamado de Deus.

“Ele, porém, foi ao deserto, caminho de um dia, e foi sentar-se debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte, e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais. E deitou-se, e dormiu debaixo do zimbro; e eis que então um anjo o tocou, e lhe disse: Levanta-te, come” (1Rs 19.4,5)

3. João Batista viveu uma vida solitária no deserto

Ele foi descrito como sendo a voz que clama no deserto.

“Segundo o que está escrito no livro das palavras do profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; Endireitai as suas veredas” (Lc 3.4).

4. Davi passou muitos anos solitário fugindo do rei Saul

Até os de fora notavam que ele estava sozinho.

“Então veio Davi a Nobe, ao sacerdote Aimeleque; e Aimeleque, tremendo, saiu ao encontro de Davi, e disse-lhe: Por que vens só, e ninguém contigo?” (1Sm 21.1).

5. Moisés estava sozinho quando ele encontrou o Senhor na sarça ardente

Ele também estava sozinho quando subiu à montanha.

“E só Moisés se chegará ao SENHOR; mas eles não se cheguem, nem o povo suba com ele” (Êx 24.2).
 
Fonte: HEWARD-MILLS, Dag. A arte da liderança. Tradução Zoica Bakirtzief. Parchment House Publishers, 2011.
 

sexta-feira, 15 de março de 2013

Honra e Lealdade



SIGNIFICADO DE LEALDADE

A palavra Lealdade vem do latim, o qual quer dizer legale, de acordo com a probidade e honra. Probidade = observância rigorosa dos deveres justiça e moral.

No dic. - Procede conforme as leis da honra e dever; fidelidade aos compromissos assumidos. s.f. Franqueza; sinceridade. Retidão; probidade.

Fidelidade vem do latim fidelis que quer dizer crer em alguém (pisteo – grego – Rm 3.3). Qualidade do fiel, fé, lealdade, verdade, veracidade.

Rm 3.3 E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus?

A fidelidade tem a ver com a obediência e a lealdade com a honra. Pode ser fiel por obediência a liderança, mas não é leal por não honrá-la.

Lealdade e fidelidade são muito parecidas, mas o foco deste estudo está na lealdade.

1Sm 26.23 - “Pague, porém, o SENHOR a cada um a sua justiça e a sua lealdade; pois o SENHOR te havia entregado, hoje, nas minhas mãos, porém eu não quis estendê-las contra o ungido do SENHOR”.

É no sentimento de lealdade e fidelidade e na ausência deste que descobrimos, conhecemos ou podemos avaliar o que há de mais nobre ou vil no caráter de uma pessoa. O que há de mais honroso ou mais baixo no ser humano.

REBELDIA E DESLEALDADE

A Bíblia está repleta de histórias de pessoas que foram leais e de outras que foram traiçoeiras e há muito do que se aprender com esses relatos. Um exemplo clássico é de Arão e Miriã. Miriã foi rebelde, se levantou contra uma liderança, mas Arão foi desleal, pois não defendeu Moisés e ainda ficou do lado de Miriã.

Nm 12.1,2 ”Falaram Miriã e Arão contra Moisés, por causa da mulher cuxita que tomara; pois tinha tomado a mulher cuxita. 2 E disseram: Porventura, tem falado o SENHOR somente por Moisés? Não tem falado também por nós? O SENHOR o ouviu”.

Muitos não têm chegado a ponto de ser rebeldes, mas tornam-se desleais, pois ouvem falar mal ou criticar sua liderança e se calam consentindo, não são rebeldes porque não participam, mas são desleais porque consentem.

O diabo tornou-se num especialista em destruir igrejas, trabalhando do lado de dentro dela. Quando um líder é fiel, satanás sabe que terá poucas chances de destruir um ministério trabalhando do lado de fora. Então ele precisa usar alguém que está dentro. Sua tática hoje é enfraquecer o cristão e desviá-lo da fé cristã, mas fazendo com que ele permaneça dentro da igreja com o objetivo de usá-lo na hora certa. Estes se tornam seus agentes infiltrados.

Ele sempre usará alguém que está dentro da igreja. Estas pessoas usadas por satanás dentro da igreja são de caráter duvidoso, que há muito tempo se desviaram e se tornaram desleais, que tem duas caras, ou seja, falsas, mentirosas, invejosas, frustradas, incoerentes, desobedientes, descontentes. E todos estes descontentes da igreja, normalmente se encontram e murmuram contra o líder, semeando contenda, ódio e murmuração e esses sentimentos são como uma fumaça que enche toda a casa e a única maneira de se livrar da fumaça e se livrar do fogo. Quero salientar, que estas conversas sempre chegam nos ouvidos da liderança.

A Bíblia ensina o que fazer:

“Lança fora o escarnecedor, e se irá a contenda, e cessará a questão e a vergonha” (Provérbios 22.10).

Jesus disse: “Quem não é comigo, é contra mim” (Mateus 12.30).

1. Lealdade é a principal qualificação de toda pessoa que venha liderar alguma coisa na obra do senhor. Uma pessoa inexperiente, sempre pensará que quanto mais dons, carisma, talento, simpatia, boa oratória, formação acadêmica, alguém possuir, tanto mais ela estará qualificada para o ministério.

Porém as pessoas mais qualificadas para desenvolver qualquer ministério dentro da igreja são as fiéis e leais. Paulo Ensinou: “Que os homens nos considerem como ministros de cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel” (1Coríntios 4.2).

2. Lealdade é a principal qualificação para se ter um ministério duradouro. Qualquer líder pode ter apenas por alguns anos um ministério prático e efetivo. Porém, para um ministério duradouro é necessário ter lealdade.

O ministério de Jesus durou três anos e meio, mas ele estendeu sua influência por todo o mundo através de uma equipe leal e eficaz, o qual, já dura quase dois mil anos. Esta Igreja não depende de sua liderança para continuar, não somos eternos, mas de uma equipe de líderes e obreiros leais e capazes.

Muitos se levantaram em nosso meio com grande carisma e habilidade, mas, alguns se demonstraram desleais e com falhas de caráter.

3. Precisamos de Lealdade para colher nossa plena recompensa. No fim, os que serão abençoados serão os fiéis e leais. Um líder de visão sabe honrar aqueles que permanecem com ele nos tempos difíceis; estes são diferentes daqueles que chegam quando tudo está bem. E ficam só quando as coisas estão boas.

Jesus justificou a razão dessa recompensa especial, dizendo: “E vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações. E eu vos destino o Reino, como meu Pai me destinou, para que comais e bebais a minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel” (Lucas 22.28,29).

Em tempos bons, todos parecem leais. Os leais são reconhecidos em tempos difíceis. Tem pessoas que são leais aos times de futebol, a uma loja, a uma marca, mas não conseguem ser leais a igreja e a liderança.

Exemplo: Quando seu time perde, faz questão de sair com sua camiseta, mas, quando sua igreja passa por dificuldade, é o primeiro a sair, não levando em consideração que sua saída só aumenta com o problema. E esta falha em seu caráter faz com que eles sejam também desleais a Deus, honrado a si mesmo e não a Deus.

QUATRO CAUSAS COMUNS DA DESLEALDADE

1. Perda da Direção de Deus. Muitos alegam que estão sendo dirigidos pelo “espírito” de Deus quando rompem e se rebelam no ministério. Muitas pessoas estão seguindo seu próprio coração.

Infelizmente, quando algumas pessoas se frustram ou se decepcionam, ou imaginam algo em seu coração e isto não acontecem, se tornam desleais, se escondendo atrás da frase: “Deus me falou que meu tempo aqui acabou”. Para eles é mais fácil colocar a culpa na igreja, no pastor ou no irmão tal, do que admitir que elas precisem de cura, de crescimento ou de liberação perdão. Por serem desleais, não firmam raízes em lugar algum, não crescem e não realizam a vontade de Deus.

Ou quando a pessoa vem para o evangelho, quebrado, cheio de problemas, os pastores acompanham, libertam, jejuam, sobrem ao monte para orar por ela, quando ela está limpa, instruída, a vida já está encaminhada, ela acha que é alguém, então sai sem ao menos dizer: obrigado pastor, pelas orações, pelo cuidado, pelo alimento da palavra. Simplesmente vão embora e nós ficamos sabendo por terceiros que estão em outro lugar. Não levando em consideração o trabalho e dedicacão do pastor por ela.

2. Razão Financeira. 1 Tm. 6.10 – o dinheiro é a raiz de todos os males. Os dois males ativados pelo amor ao dinheiro são deslealdade e rebelião. A ganância faz com que a pessoa saia de um emprego que lhe proporciona benefícios ou probabilidade de crescimento, que talvez tenha lhe dado esta específica qualificação por outro só porque paga R$ 100,00 a mais! Tornou-se desleal por ganância.

3. Uma personalidade instável. Há pessoas que tem disposição para tomar decisões precipitadas. Elas podem alterar o plano de sua vida em minutos. Essa é uma característica muito perigosa. Essa pessoa pode estar com você hoje, mas pode não estar mais amanhã. Essas pessoas normalmente tendem a se esconder atrás de ministério itinerante, são conferencista e oradoras talentosas, mas elas mudam de direção sem aviso prévio.

4. Mau Caráter. Existem também pessoas de mau caráter, são desleais por conveniência, o seu deus é a si próprio. Não honram a Deus, nem liderança ou qualquer um que seja, mas procuram ser honrados.

Um exemplo bíblico é Judas, esteve com Jesus, era um de seus discípulos, mas o seu deus era ele mesmo.

Deuteronômio 32.20 e disse: "Esconderei deles o rosto, verei qual será o seu fim; porque são raça de perversidade, filhos em quem não há lealdade".

OS ESTÁGIOS DA DESLEALDADE

Ninguém se torna desleal da noite para o dia. A deslealdade é um processo frio e silencioso. Muitas pessoas nem sequer sabem que estão no processo de se tornar desleais e muitos líderes não percebem que seus liderados estão se tornando desleais.

De que me servirá o conhecimento desses estágios?

Haverá pelo menos dois benefícios: Irá ajudá-lo a detectar e eliminar qualquer uma dessas características que possa surgir dentro de você e com qualquer pessoa que você trabalha não apenas no ministério, mas também no mundo secular.

1. Espírito Independente. A tal da independência é tão sutil, que nem é reconhecida como deslealdade. É quando uma pessoa faz parte de uma organização, mas não segue as regras da instituição fazendo o que ela quer.

O líder marca um jejum para quinta feira, mas como ele já tinha planejado jejuar na quarta, é o que ele faz. O pastor convoca várias reuniões, mas ele só vai à que achar que é importante. O líder do ministério de louvor marca orações, consagrações e ensaios, o que tem espírito independente resolve que só irá participar dos ensaios. Não há nada de errado em ser independente, mas independência tem vez e hora.

Quando nos engajamos em algo, não podemos agir independente daquela instituição e fazer o que pensamos ser certo e ignorar as ordens que vem da liderança e se achamos que não podemos obedecer, devemos renunciar. Imagina alguém entrar no casamento e não dar satisfação ao marido ou a esposa, porque tem como estilo de vida a independência.

2. O Estágio Crítico. Uma pessoa desleal se torna critica e murmuradora. Olha as falhas com lente de aumento.

Miriã tornou-se critica de seu irmão Moisés (Números 12.1). Devemos olhar as coisas com olhos espirituais. Quando alguém começa a criticar demais sua liderança, ela está sendo desleal.

Nós somos testados o tempo todo em nossa lealdade e fidelidade. Quando o chefe sai da sala, o trabalho continua ou paramos para conversar? Nossa lealdade está sendo testada.

O chefe não está, mas o Chefe Maior, Jesus está. Se não somos fieis aos nossos líderes, sejam chefes, pais, pastores ou líderes, a quem vemos e falamos, não seremos leais a Deus a quem não vemos.

O EXEMPLO DE JESUS E SUA LEALDADE

O que mais nos chama atenção na vida de Jesus são os seus milagres, mas poucos percebem a lealdade e Fidelidade de Jesus para com o Pai. O melhor professor de lealdade foi Jesus. Ele foi leal e fiel ao Pai e a visão do Pai. Ele nunca se desviou de sua linha de conduta, mas tudo o que Ele fez foi o que viu e ouvir de Deus. Jo 5.19

1. Jesus reconheceu publicamente a Deus - Jo.5.18. Alguns não falam que foram instruídos por alguém, ou influenciados por alguém. Uma pessoa leal não se envergonha de dizer quem ela está seguindo, quem é seu líder. Ela se sente honrada por ter um líder, por ser cuidada por alguém.

Quer perceber um exemplo de resquício de deslealdade: Quando uma pessoa fala, prega ou conversa sem mencionar alguma vez o que seu líder ou pastor falou e ensinou, ele demonstra ter resquício de deslealdade e independência, significa que ele é auto-suficiente. Outro fator que representa também deslealdade é quando a pessoa cita referência de outra como sendo dela.

Jesus não procurou fazer a sua Própria vontade, mas a do Pai (Jo 5.30).
Não faça a sua vontade, mas a vontade de Deus e dos líderes que te incumbiram de uma missão.

2. Jesus não se exaltou a si mesmo - Jo 5.44. Jesus não se engrandeceu nem se exaltou a si, mas engrandeceu e exaltou a Deus. A pessoa que se exalta e se auto-promove não foi enviada por Deus, porque Deus não divide a glória dele. Não há necessidade de dizer o que fez, isto é, os milagres que realizou como se partisse da própria pessoa o poder, mas precisamos engrandecer e exaltar a Deus que realizou o milagre.

3. Jesus não deixou-se influenciar por propostas que traziam engrandecimento ministerial - Mt 4.4. Satanás quis tentar a Jesus dizendo que daria o reino deste mundo se o adorasse. A pessoa leal não se deixa seduzir por palavras e insinuações de grandeza, ou convite de terceiros, porque ele sabe quem ele é, qual sua posição no Reino, sua tarefa e a quem ele serve.

4. Jesus foi leal a visão - Mt 16.22,23 – “Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia.

E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: " Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens”.

Jesus não se tornou desleal mudando as regras do ministério a partir do momento que Ele teve repercussão e propriedade para fazê-lo. (enquanto a pessoa está debaixo de nossa autoridade ela diz crer como nos cremos, a partir do momento que se torna líder faz as coisas do seu jeito = isto demonstra pluralidade na teoria, mas é na prática um imperialista e tirano).

OS BENEFÍCIOS DA LEALDADE

Mt 5.21- Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.

A lealdade traz crescimento profissional. Veja pessoas que mudam de empregos a cada seis meses. Como podem crescer e prosperar profissionalmente se elas são desleais!

Quem vai investir em alguém que murmura do emprego, da empresa, do chefe, do salário. Se você quer crescer em uma empresa seja leal a ela. Não critique, não murmure, trabalhe, e faça com excelência como se fizesse para Jesus.

A lealdade traz crescimento ministerial. Ninguém investe em desleal. O irmão que a cada ano troca de igreja, fala contra o pastor ou a liderança, não é leal a visão que Deus deu a igreja, achando sempre que ele tem a visão do momento. Seu coração não está conosco quer apenas uma igreja que dê o título a ele.

Quem é desleal não cresce ministerialmente e não é culpa da igreja e do pastor. Todo aquele que vem com a historinha que a igreja não me reconhece ou o pastor só consagra quem ele quer, este é desleal por isso não cresce. Muitos culpam a igreja ou ministério por suas frustrações pessoas por uma razão ou outra não prospera na vida e no ministério então preferem culpar mais ou outros a reconhecer suas próprias debilidades.

A lealdade traz prosperidade. Deus prospera pessoas que são fieis e leais aos seus compromissos, honrando os pagamentos em dia. Tem gente que espera vencer para pagar, isto é deslealdade, porque você se comprometeu a pagar até aquela data. Deus não pode abençoar o desleal, não apenas aquele que é desleal nos dízimos e nas ofertas, mas também porque é desleal com seus compromissos.

A lealdade traz confiança. Melhor coisa é ter alguém para confiar. A lealdade traz paz e segurança no casamento. Deixe-me exemplificar o que é lealdade no casamento. O marido, por exemplo, pode ser fiel, mas não leal. Pode ser fiel por suas convicções, mas no seu pensamento ser desleal. Sabe o homem ventilador? Aquele que olha para todos os lados na rua? É desleal, não é infiel porque não traiu, mas desleal porque não honrou a esposa. Amados, precisamos ser leais em nosso casamento.

A pessoa leal experimenta o favor de Deus. A segunda benção da fidelidade é entrar no gozo do Senhor. Isso significa experimentar o favor de Deus. Quando o favor de Deus está sobre você, seus inimigos não florescerão em redor.

Seja uma pessoal leal e terá grande crescimento em seus negócio e ministério. Seja uma pessoa leal para poder ter o favor de Deus sobre tudo o que você colocar a mão para fazer.


Fonte: http://www.comunhaoagape.net/site/wp-content/uploads/PRINCÍPIO-DA-LEALDADE.pdf. Acesso em 15.03.2013

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Não perca tempo com críticos


 
1. Uma pessoa crítica é alguém que nada vê de bom no que você faz. Como poderiam aqueles que criticavam a Jesus não terem ouvido ou visto Seu ensino poderoso e milagres? Uma pessoa crítica não vê nada de bom no que você faz. É assim que partidos políticos na oposição se comportam. Não importa o que, eles não veem nada de bom no partido governista.

2. Pessoas críticas são frequentemente pessoas frustradas, que fracassaram na vida. A frustração cria amargura. A amargura se manifesta pela crítica.

3. Pessoas críticas são frequentemente desapontadas e desiludidas com suas vidas pessoais. Não esqueça de perguntar alguma coisa a respeito daquele que mais o critica. Você ficará assombrado em descobrir que ele ou ela é um indivíduo imoral, mentiroso e ladrão.

4. Pessoas críticas são frequentemente pessoas que constroem suas vidas destruindo os outros. Essas pessoas não são bem sucedidas em nada. Tudo o que fazem é puxar alguém para baixo de seu nível de não realização.

5. As pessoas críticas frequentemente não vivem muito. A Bíblia é muito clara neste princípio. Se você ama a vida, guarde sua boca de dizer coisas erradas. "Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano" (1Pedro 3.10).

6. As pessoas críticas frequentemente têm problemas psicossociais. Tais pessoas são frequentemente rejeitadas e não amadas, não tiveram o amor de um pai ou mãe. Suas críticas são frequentemente um grito por atenção.

7. Jesus não respondeu aos seus críticos. Jesus respondeu à fome e à sede das multidões, mas não ao ódio dos seus inimigos. "E, sabendo que era da jurisdição de Herodes, remeteu-o a Herodes, que também naqueles dias estava em Jerusalém. E Herodes, quando viu a Jesus, alegrou-se muito; porque havia muito que desejava vê-lo, por ter ouvido dele muitas coisas; e esperava que lhe veria fazer algum sinal. E interrogava-o com muitas palavras, mas ele nada lhe respondia. E estavam os principais dos sacerdotes, e os escribas, acusando-o com grande veemência" (Lucas 23.7-10).

8. As críticas são parte do ministério. Não há ministério sem crítica. Jesus era perfeito. Se Ele foi criticado, acusado e assassinado, o que você pensa que acontecerá a alguém como você, que não é perfeito?

9. Não é possível ministrar sem acusação. É parte do pacote. Jesus prometeu recompensas com perseguição. "Que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no século futuro a vida eterna" (Marcos 10.30).

10. Alguém disse: "a crítica é o gargarejo mortal de um não realizador". Pense a respeito disso!

11. Eu não conheci um indivíduo crítico que seja uma boa pessoa. A crítica parece um sintoma de muitos males guardados dentro de um indivíduo. As pessoas que são contaminadas e incrédulas veem impurezas em tudo. "Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes, o seu entendimento e consciência estão contaminados" (Tito 1.15).

12. As pessoas críticas estão frequentemente tentando envolvê-lo em uma discussão ou um debate. Não se engane. Satanás quer suas emoções revoltas por causa de acusações e críticas incríveis.

13. Pessoas críticas estão frequentemente tentando pegá-lo em suas palavras. Críticos são cheios de suspeição. Eles suspeitam de você com todos os tipos de males. Eles querem mais evidência para justificar suas suspeitas.

14. Você pode aprender alguma coisa de seus críticos. Seus amigos não são inclinados a apontar seus erros. Seus inimigos são mais inclinados a ampliar seus erros em uma tentativa de rebaixá-lo. Vale a pena anotar o que eles dizem para que você possa fazer os ajustes necessários.

15. Inimigos não fazem críticas construtivas. Seu inimigo não está tentando erigir (construir) sua vida. Como poderia dar-lhe alguma coisa "construtiva"? Não é errado rotular tudo o que vem a você de seu inimigo como destrutivo. Decida obter sabedoria e direção dessa crítica perigosa sem ser contaminado.

16. Recuse escutar certas críticas porque elas são flechas de acusação cuja intenção é ferir seu coração. Guarde seu coração com toda a diligência porque dele fluem os assuntos da vida.

17. As pessoas críticas são frequentemente ignorantes. Muita crítica é baseada em informação incompleta. Muitas pessoas críticas são ignorantes.

18. As pessoas críticas são frequentemente inexperientes. Muita crítica vem da boca de homens de palha. Eles são homens sem substância. Eles não tem conhecimento nem experiência.

19. As pessoas críticas ministram veneno que se espalha àqueles que o ouve. As pessoas que lhe criticam frequentemente odeiam você profundamente. Elas querem que outros o odeiem também.

Fonte: Coisas que todo líder deveria saber sobre crítica e pessoas críticas. Dag Heward-Mills. A arte da liderança. Editora Parchment House Publishers.