domingo, 8 de abril de 2012

Uma liderança baseada no serviço - O exemplo de Cristo (Parte 2)



Jesus no partir do pão

Duas dimensões do partir do pão serão analisadas como pontos
fundamentais para entender o ministério de Jesus como servo de Deus. A primeira
quer tratar da partilha do pão em comunidade, na mesa comum, pão conseguido e
compartilhado entre todos, ensinado por Jesus com gestos e palavras a seus
seguidores e a segunda quer revelar o real transcendente além do pão
compartilhado como o pão simbólico da vida eterna, sendo Jesus
mesmosacramento da vida eterna (Jo 6, 47ss). Destarte, no escrito joanino,
associam-se estes três gestos:

O primeiro é o lavar os pés uns dos outros, sinal visível do serviço de Jesus
como enviado de Deus para servir (Mt 20, 28). Esse lava-pés é central na
reflexão teológica para mostrar quem é Jesus e como ele atuou na história. Mas,
como já havia costume entre as famílias ter escravos lavando os pés dos seus
senhores ou esposas de seus respectivos esposos ou até mesmo filhas de seus pais
(Gn 18, 4) ou até mesmo o gesto de hospitalidade com os hóspedes, lavando os
pés deles ao chegarem de viagem ou mesmo oferecer água para lavarem os pés
(Gn 24, 32), pode-se deduzir com muita probabilidade de ter havido a prática no
convívio de Jesus com seus discípulos e nas famílias quando os acolhiam. Tudo
indica que Jesus tenha falado e feito o gesto simbólico do lava-pés e João
introduziu na sua comunidade e no seu escrito como eixo do seguimento de Jesus.

O segundo é o partir do pão na mesa comum com os irmãos e se observa
não estavam excluídos os mais pobres. Conforme John Dominic Crossan havia
na época antiga três formas de refeições. A primeira eram as “refeições
compartilhas com patrocínio”, quando alguém, com bens materiais, oferecia
uma refeição, compartilhava com muitos e com os pobres. A segund eram as
“refeições compartilhas comunitárias” entre os empobrecidos residentes em
ambientes pobres possuindo uma mesa comum. Aquela refeição compartilhada
entre os mais pobres apresenta-se com maior probabilidade de ter sido a refeição
escolhida por Jesus como forma de estabelecer o gesto da comunhão com os seus
e como a última refeição estava na época da páscoa, assim, tenha havido um
entrelaçamento de significados. E a terceira eram as “refeições compartilhadas
societárias” em sociedades beneficentes, geralmente “sociedades funerárias”
para prestar filantropia às famílias enlutadas.

Por fim, o partir o pão simbólico, a partir das “refeições compartilhadas
comunitárias”, o qual, ganha um sentido sacramental na última ceia, quando
Jesus pronuncia as palavras sobre o pão: “Isto é meu corpo” e sobre o cálice
“Isto é meu sangue”. Este partir do pão simbólico tudo leva a crer ter Jesus
experimentado refeições compartilhadas comunitárias entre os pobres. Os
empobrecidos daquela época somavam em torno de 90% da população. Era
uma refeição entre iguais, pois entre os pobres não havia pessoas com privilégios
nem riquezas para constituir estratificação social. Este jeito cultural em partilhar
entre os pobres levou a Jesus a tomar uma refeição entre eles como iguais e na
mesma refeição lavar os pés, não começando por Pedro, mas por qualquer um.
Provavelmente, e aqui se pode conjecturar, Jesus tenha começado a lavar os pés
de quem estava com maior fome, com maior cansaço, com maior enfermidade e
maior sujeira. Até por que na parábola do bom samaritano (Lc 10, 29-37) isto está
posto com propriedade. Hoje, uma recontextualização na América Latina, seriam
os espoliados samaritanos “povos crucificados”, nomenclatura de Ellacuría.

Pão compartilhado na mesa comum

Segundo John Dominic Crossan, cinco elementos da herança de Jesus da
mesa comum se destacam. O primeiro é refeição real: tanto a tradição paulina
da Igreja de Corinto como da Didaqué apresentam formas de refeições reais
comportando ao mesmo tempo realidade e simbolismo ritual. O segundo elemento
era a refeição compartilhada dando ênfase não somente no pão e no vinho, mas
no partir do pão e no passar do cálice com o vinho entre participantes da
comunidade. Assim, comia-se do mesmo pão e bebia-se do mesmo cálice. O
terceiro elemento é o Jesus bíblico como o fundamento dessa mesa
compartilhada na mesa comum. Há uma correlação entre Servo de Javé, Jesus e o
pão compartilhado. Em especial, esta correlação se patenteia pelo verbo
“entregar” ou “entregar-se”. O servo sofredor “se entregou à morte, [...] levou
sobre si o pecado de muitos e pelos criminosos fez intercessão” (Is 53, 12). Em
paralelo com Jesus se diz: “Na noite em que foi entregue (traído) o SenhorJesus,
tomou o pão” (1Cor 11, 23). O quarto elemento é a unidade simbólica trazida
pelo pão em refeição compartilhado. Pão em si mesmo já possui um significado
histórico de ressurreição e gratuidade pelo seu próprio ser. O pão é símbolo de
unidade na Igreja tanto presente como no futuro: “Já que há um único pão, nós,
embora muitos, nós somos um só corpo, visto que todos participamos desse único
pão” (1Cor 10, 17) e quinto elemento é o castigo apocalíptico no sentido de ser
a refeição compartilhada comunitária o memorial da morte de Jesus, mas é
também presença da espera da consumação: “Todas as vezes, pois, que comeis
desse pão e bebeis desse cálice, anunciais a morte do Senhor até que ele venha”
(1Cor 11, 26). É castigo apocalíptico para quem não vive concretamente o
significado do pão simbólico repartido. Mas é, sobretudo, consumação
escatológica para quem experimenta o simbolismo do pão compartilhado na
refeição: a ceia do Senhor.

No Evangelho de João dois capítulos são fundamentais para falar do partir
do pão (Jo 6; 13). No capítulo 6, há duas dimensões do pão: uma dimensão do pão
partilhado para uma multidão de famintos, por um milagre de Jesus na montanha
(Jo 6, 3-15), e há outra dimensão do pão nos ensinamentos de Jesus (Jo 6, 35ss)
quando Ele afirma ser o “pão da vida” e quem dele comer viverá eternamente (Jo
6, 58). Essas dimensões não se separam neste capítulo, antes se remetem. No
capítulo 13, antes da festa da páscoa, quando na ceia, Jesus se levanta, lava os pés
dos discípulos e começa seu discurso de adeus (Jo 13, 31). Há quem caracterize
esse discurso como um testamento de despedida, legando aos discípulos em
comunidade o gesto do partir do pão nas suas duas dimensões – pão
compartilhado e pão simbólico - e o gesto do lava-pés, ambos inseparáveis
remetendo-se um ao outro. E para deixar sua perpetuidade dá-lhes um novo
mandamento, dizendo:

Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, pois
eu o sou. Se, portanto, eu, o Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também deveis
lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz,
também vós o façais. Em verdade, em verdade, vos digo: o servo não é maior do
que o seu Senhor, nem o enviado maior do que quem o enviou. Se
compreenderdes isso e o praticardes, felizes sereis. [...] Dou-vos um mandamento
novo: que vos ameis uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos também uns
aos outros. Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos se tiverdes amor
uns pelos outros (Jo 13, 12b-16.34-35).

Desta forma, Jesus funda uma comunidade, a qual vive em torno do partir
o pão em refeição comum. O texto bíblico joanino demonstra essa tradição com
realidades comunitárias do partir do pão em família - e aqui se pode estender para
comunidade maior – onde havia a conversa de instrução entre mestre e discípulo,
entre o pai de família e seus filhos. O ensinamento aqui começa pelo gesto do
partir o pão e do lavar os pés – trabalho do servo e torna-se símbolo do serviço –
para depois oferecer o mandamento teorizado a partir do próprio gesto de Jesus.
São tradições antigas ensinadas pelos mestres e pais aos seus seguidores e filhos.
Jesus as adota ressignificando-as historicamente.

Pão simbólico da Vida Eterna

Jesus ensina sobre o Pão da Vida e quem dele comer ganhará a Vida
Eterna. E este Pão é Ele mesmo (Jo 6, 51). Não é intenção falar de Eucaristia aqui,
mas ver algumas características deste pão simbólico doado em favor de muitos
para a remissão dos pecados, conforme a versão mateana (Mt 26, 26-28). Por isso,
convém mesclar as versões para melhor compreender os objetivos ensejados e
refletir sobre essas características:

“Tomai e comei, isto é o meu corpo” (Mt 26, 26b). “Isto é o meu corpo que é
dado por vós. Fazei isto em minha memória” (Lc 22, 19b). “E, depois de comer
fez o mesmo com a taça, dizendo: ‘Este taça é a Nova Aliança em meu sangue,
que é derramado por vós’” (Lc 22, 20). Ainda: “Eu sou o pão vivo descido do
céu. Quem comer deste pão viverá para sempre. O pão que eu darei é a minha
carne para a vida do mundo” (Jo 6, 51).

Mediante estes textos, compreendem-se os gestos de Jesus ao dar-se em
refeição simbólica aos seus seguidores, revelando-se ao mesmo tempo, Servo de
Iahweh como está em Isaías, mostrando-se como doador de sua vida pelos outros
de forma vicária acentuando-se o amor do Deus-pai-misericordioso. Jesus,
mesmo sendo vítima do sistema sacrifical (Jo 11, 49-50), oferece-se e perdoa
livremente até aos seus sacrificadores e algozes (Lc 23, 34). Com estes gestos,
Jesus aniquila o sistema sacrifical definitivamente. Doa-se como cordeiro imolado
pascal (Ex 12, 1-14),simbolizado no seu corpo e sangue, na refeição (Lc 22, 19-
20) e na entrega do seu Espírito na cruz (Jo 19, 30). Uma nova imagem simbólica
de Deus amor se revela no gesto do perdão de Jesus na cruz: “Pai, perdoai-lhes
porque não sabem o que fazem” (Lc 23, 34).

A primeiracaracterística é o gesto de Jesus em doar-se em pão para se
comer, como está narrado nas quatro tradições da instituição da ceia e também
em João quando diz: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão
viverá para sempre” (Jo 6, 51). Dar-se em pão, para Jesus, é doar a própria vida.
Não se pode compreendê-lo se não for de forma simbólica. É semelhante ao gesto
comportamental, típico dos profetas para denunciar infidelidade à Aliança e
anunciar a mensagem salvadora. Podem-se recordar alguns: Ezequiel quando quer
falar da dispersão do povo e por isso Deus vai puni-lo por causa da infidelidade,
raspa a cabeça e joga os cabelos ao vento proclamando: “Isto é Jerusalém” (Ez
5,5) por causa de seus pecados. O gesto profético não é simplesmente um evento,
mas “sua ação antecipa o acontecimento e de certa forma o produz”. Observe-se
o gesto de Jeremias ao pôr uma canga sobre seus ombros para significar a
dominação e opressão estrangeira sobre Jerusalém (Jr 27-28). Jeremias quer
mostrar uma Jerusalém subjugada por Nabucodonosor por causa da infidelidade à
Aliança, por isso se tornou igual ao animal de carga (Jr 27, 6-7). A expressão de
Ezequiel: “Isto é Jerusalém” é análoga a “Isto é meu corpo” ou “Isto é meu
sangue”. Assim, afirma-se: “Isto é Jesus Cristo”.

A segunda característica pela qual se pode compreender o gesto de Jesus de
entrega de corpo e sangue para transformar-se em pão simbólico, como reflete
Dufour, é a situação dialogal. Retrata a correlação entre Jesus e o pão formando
um só pólo “Jesus-pão” e os discípulos formando outro pólo do diálogo.
Estabelece-se uma correlação mútua entre o locutor – Jesus-pão – e o interlocutor,
os discípulos, a comunidade de crentes. Neste sentido, o método de correlação
de Paul Tillich tem muito a auxiliar quando aplicado nesta correlação dialogal
entre Jesus-pão e os discípulos. Entretanto, ainda falta uma reflexão para se
compreender Jesus transformando-se em pão simbólico. E para isso, precisa-se
estabelecer a terceiracaracterística, a categoria do símbolo.

Para compreender a terceira característica do pão como símbolo é
necessário obter a correta intelecção do termo. Convém, agora, aprofundar um
pouco mais a dimensão do símbolo no sentido etimológico e filosófico. Dufour
analisa primeiramente o significado etimológico e depois o filosófico da palavra
símbolo. Etimologicamente, símbolo vem do grego syn = com e ballô = colocar
junto. Assim, o símbolo “realiza uma junção, fazendo coincidir uma figura
sensível e uma realidade que não pode ser captada nem encerrada numa
linguagem discursiva, mas somente experimentada”. Apresenta a ideia
filosófica de símbolo, citando Durand: “O símbolo é, pois, uma representação que
faz aparecer um sentido secreto, ele constitui a epifania de um mistério”. E
ainda refletindo sobre esta epifania do símbolo o pensador supracitado convém
assegurar categorialmente com uma de suas frases, a qual leva a pensar: “Símbolo
remete para um indizível e invisível significado e, deste modo, sendo obrigado a
encarnar concretamente esta adequação que lhe escapa”.

Desta maneira, compreende-se etimológica e ontologicamente o símbolo, o
qual se manifesta por ele mesmo com uma linguagem simbólica, na qual se pode
conceber como duas realidades juntas e inseparáveis, uma visível e outra invisível,
uma sensível e outra insensível, formando a partir do instante representado uma
única realidade como a ideia de significante e significado em correlação. Um
símbolo fala por si só, mas quem o interpreta necessita de uma linguagem e esta
nasce de um círculo hermenêutico entre o “lócus”, o texto e o intérprete numa
contextualização correlacional entre esses três pontos. Assim, o pão é um
significante, no qual se pode perceber uma realidade, além dele mesmo, de outra
ordem, secreta, ou melhor, de forma transcendente e se manifesta de maneira real
nele mesmo. Quando Jesus diz: “eu sou o pão da vida” (Jo 6, 35), “tomai e comei,
isto é o meu corpo” (Mt 26, 26), este pão passa a ser mais que pão material, passa
a conter o ser de Jesus em si mesmo de forma simbólica. Paul Ricoeur, ao falar do
símbolo, demonstra que a realidade dele é autônoma em si mesmo, fala de si, por
si e além de si mesmo. Eis um pequeno trecho:

O símbolo dá que pensar; esta sentença que me encanta diz duas coisas: O
símbolo dá; eu não ponho o sentido, é ele que dá o sentido, mas aquilo que ele dá,
é ‘que pensar’, de que pensar. A partir da doação, a posição. A sentença sugere,
portanto, ao mesmo tempo em que tudo está dito em enigma e, contudo, que é
sempre preciso tudo começar e recomeçar na dimensão do pensar. É esta
articulação do pensamento dado a ele próprio no reino dos símbolos e do
pensamento ponente e pensante, que eu quereria surpreender e compreender.

Compreendendo dessa forma, pode-se afirmar que em todo símbolo há um
componente de fé, seja antropológica ou religiosa. Com essas dimensões da fé,
o símbolo possui em si mesmo um valor subjetivo, pois se apresenta com a
realidade simbolizada em uma correlação com o ser humano. Sendo o ser humano
um ser de sentido, o qual também aplica sentido às coisas, ele concede às
realidades simbolizadas, algo transcendental aos objetos. Isto se pode chamar de
símbolos. Símbolo é enquanto está correlacionado com os seres humanos só a
partir dele possui um valor subjetivo e objetivo. Há uma correlação, portanto,
entre o valor subjetivo e objetivo do símbolo. Um objeto por si mesmo não fala
para ninguém, pois ele somente fala por meio da esfera dos valores atribuídos
pelos humanos. Uma vez posto o objeto o símbolo revela-se como significado
hermenêutico autônomo, muito embora, relativo, por que depende da
hermenêutica contextualizada de “desconstrução e reconstrução”. Um símbolo
depende do lugar hermenêutico, como se faz na Teologia da Libertação: “o lugar”
a partir de onde se utiliza método com instrumental de análise.

Jesus-servo é o Cordeiro de Deus

João Batista aponta para Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado
mundo” (Jo 1, 29). Com esta afirmação, o Batista testemunha ser Jesus, o
Messias. Tem quase a mesma estrutura frasal da apresentação do Servo de
Iahweh: “Eis o meu Servo que eu sustento, o meu eleito, em quem tenho prazer”
(Is 42, 1). No Novo Testamento há mais outras vezes revelando Jesus como o
Cordeiro de Deus, o qual tira o pecado do mundo, remontando assim o quarto
cântico do Servo de Iahweh quando se fala sobre o cordeiro e ovelha em
sacrifícios vicários. Primeiro em Atos 8, 32-33, cita-se Is 53, 7-8. E, segundo, uma
cristologia petrina na sua primeira carta quando se diz:

Pois sabeis que não foi com coisas perecíveis, isto é, com prata ou com ouro, que
fostes resgatados da vida fútil que herdastes dos vossos pais, mas por sangue
precioso, como de cordeiro sem defeitos e sem mácula, Cristo, conhecido antes
da fundação do mundo, mas manifestado, no fim dos tempos por causa de vós.
Por ele, vós crestes em Deus, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu a glória, de
modo que a vossa fé e a vossa esperança estivessem postas em Deus (1Pd 1, 18-
21).

Por essas tradições cristológicas se pode entender no cristianismo
primitivo uma consciência clara dessas realidades de Jesus. Ele é o Servo de Deus
e é o Cordeiro no sentido vicário do Dêutero-Isaías, bem como no sentido pascal,
já vitorioso, numa interpretação bem mais burilada como aparece no Apocalipse:
“Digno é o cordeiro imolado de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a
honra, a glória e o louvor” (Ap 5, 12). Quando se analisam as duas imagens sobre
o Servo com as características de cordeiro em Is 53, 7-8 e Jesus como cordeiro de
Deus nos escritos neotestamentários, vê-se como se identificam e se fundem
formando uma só realidade. Há uma evidência a mais no Apocalipse, o destaque
maior à glorificação do Cordeiro. Mas isso é plenamente compreensível porque já
se trata de uma caminhada de Igreja de quase um século refletindo sobre Jesus
crucificado e ressuscitado, sobretudo, porque naquele tempo as perseguições
políticas por parte do império romano eram grandes e necessitava-se ressaltar o
cordeiro vitorioso, com outro tipo de poder, diferente do poder esmagador do
império. O poder do cordeiro é divino, de entrega, serviçal, de salvação.

Diante das formas de poder do mundo, uma alternativa é o poder-serviço
do cordeiro, o qual perdoa o pecado do mundo e é símbolo de esperança
messiânica que já está presente, ressuscitado, glorificado. É o cordeiro já imolado,
mas é o vitorioso, transcendente. Isto quer dizer que Jesus é o Servo de Deus, é o
Cristo e é ao mesmo tempo o Senhor exaltado à direita de Deus Pai, a segunda
pessoa da Santíssima Trindade.

Fonte: http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/16704/16704_4.PDF - Acesso em 07.04.2012

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