terça-feira, 29 de setembro de 2009

GEORGE MÜLLER - UM EXEMPLO A SER SEGUIDO


O gigante da fé, George Müller (1805-1898), nasceu na Alemanha, e converteu-se com idade de 20 anos numa missão morávia. Foi para a Inglaterra em 1829, onde trabalhou para o Senhor até o final de sua vida.

Em 1830, três semanas depois de seu casamento, Müller e sua esposa decidiram abrir mão de seu salário como pastor de uma pequena congregação, e depender exclusivamente de Deus para suas necessidades. Já desde o início, ele tomou a posição que manteria durante todo o seu ministério, de nunca revelar suas necessidades às pessoas, e de nunca pedir dinheiro de ninguém, somente de Deus. Ao mesmo tempo, decidiu que também nunca entraria em dívida por motivo algum, e que não faria reservas, nem guardaria dinheiro para o futuro.

Durante mais de sessenta anos de ministério, Müller iniciou 117 escolas que educaram mais de 120.000 jovens e órfãos; distribuiu 275.000 Bíblias completas em diferentes idiomas além de grande quantidade de porções menores; sustentou 189 missionários em outros países; e sua equipe de assistentes chegou a contar com 112 pessoas.

Seu maior trabalho foi dos orfanatos em Bristol, na Inglaterra. Começando com duas crianças, o trabalho foi crescendo com o passar dos anos, e chegou a incluir cinco prédios construídos por ele mesmo, com nada menos que 2000 órfãos sendo alimentados, vestidos, educados e treinados para o trabalho. Ao todo, pelo menos dez mil órfãos passaram pelos orfanatos durante sua vida. Só a manutenção destes órfãos custava 26 mil libras por ano. Nunca ficaram sem uma refeição, mas muitas vezes a resposta chegava na última hora. Às vezes sentavam para comer com pratos vazios, mas a resposta de Deus nunca falhava.

No decorrer da sua vida, Müller recebeu o equivalente a sete milhões e meio de dólares, como resposta de Deus. Além de nunca divulgar suas necessidades, ele tinha um critério muito rigoroso para receber ofertas. Por mais que estivesse precisando (pois em milhares de ocasiões não havia recursos para a próxima refeição), se o doador tivesse outras dívidas, se tivesse evidência de que havia alguma atitude errada, ou alguma condição imprópria, a oferta não era aceita.

E mesmo quando tinha certeza de que Deus estava dirigindo para ampliar o trabalho, começar uma outra casa, ou aceitar mais órfãos, ele nunca incorria em dívidas. Aquilo que Deus confirmava como sua vontade certamente receberia os recursos necessários, e por isto nunca emprestava nem contraía obrigações sem ter o necessário para pagar.

A seguir, um trecho da sua autobiografia, onde ele define sua posição com relação a dívidas:

Minha esposa e eu nunca entramos em dívidas porque acreditávamos que era contrário às Escrituras (Rm 13.8). Por isto, nunca tivemos contas para o futuro com alfaiate, açougue, padaria ou mercado. Pagamos por tudo em dinheiro. Preferimos passar necessidade do que contrair dívidas. Desta forma, sempre sabemos quanto temos, e quanto podemos dar aos outros. Muitas provações vêm sobre os filhos de Deus por não agirem de acordo com Romanos 13.8.

Alguns podem perguntar: Por que você não compra o pão, ou os alimentos do mercado, para pagar depois? Que diferença faz se paga em dinheiro no ato, ou somente no fim do mês? Já que os orfanatos são obra do Senhor, você não pode confiar que ele supra o dinheiro para pagar as contas da padaria, do açougue, e do mercado? Afinal, todas estas coisas são necessárias para a continuidade da obra.

Minha resposta é a seguinte: Se esta obra é de Deus, certamente ele tanto quer como é capaz de suprir todo o necessário. Ele não vai necessariamente prover na hora que nós achamos que deve. Mas quando há necessidade, ele nunca falha. Podemos e devemos confiar no Senhor para suprir-nos com o que precisamos no momento, de forma que nunca tenhamos que entrar em dívida.

Eu poderia comprar um bom estoque de mantimentos no crediário, mas da próxima vez que estivéssemos em necessidade, eu usaria o crediário novamente, ao invés de buscar o Senhor. A fé, que somente se mantém e se fortalece através de exercitar, ficaria mais e mais fraca. No fim, provavelmente acabaria atolado em grandes dívidas, sem perspectiva de sair delas.

A fé se apóia na Palavra Escrita de Deus, mas não temos nenhuma promessa de que ele pagará nossas dívidas. A Palavra diz: "A ninguém fiqueis devendo coisa alguma" (Rm 13.8), e: "Quem nele crer não será de modo algum envergonhado" (1 Pe 2.6). Não temos nenhuma base bíblica para entrar em dívidas.

Nosso alvo é mostrar ao mundo e à igreja que mesmo nestes dias maus do tempo do fim, Deus está pronto para ajudar, consolar, e responder às orações daqueles que confiam nele. Não precisamos recorrer a outras pessoas, nem seguir os caminhos do mundo. Deus tanto é poderoso, como desejoso, de suprir todas nossas necessidades no seu serviço.

Consideramos um precioso privilégio continuar a esperar no Senhor somente, ao invés de comprar mantimentos no crediário, ou de emprestar de bondosos amigos. Enquanto Deus nos der graça, olharemos somente para ele, mesmo que de uma refeição para a próxima tivermos que depender do seu suprimento. Já faz dez anos que trabalhamos com estes órfãos, e ele nunca permitiu que passassem fome. Ele continuará a cuidar deles no futuro também.

Estou profundamente consciente da minha própria incapacidade e dependência no Senhor. Pela graça de Deus, minha alma está em paz, embora dia após dia tenhamos que esperar a provisão milagrosa do Senhor para nosso pão diário.

Extraído da Revista Impacto (www.revistaimpacto.com.br), nº 25.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A PRIMEIRA POLÊMICA CRISTÃ E A HUMILDADE DE PEDRO



Texto de José Reis Chaves

O Cristianismo surgiu entre os Apóstolos e primeiros discípulos de Jesus como sendo uma espécie de seita judaica, pois, naquela época, em sua maioria esmagadora, quase todos os habitantes da Palestina eram judeus, inclusive o próprio Mestre dos Mestres.
Destarte, foi inevitável a sua judaização, mormente quando ele começou a ser instituído. E é sobre esse tema que dedicamos estas linhas, embora devamos reconhecer que houve também nele outras influências religiosas - como as há até hoje -, notadamente as oriundas das Culturas e Filosofias Grega, Zoroastrista e Maniqueísta.

Dos grandes líderes dos primórdios do Cristianismo, destacam-se Pedro e Paulo. Este, mais afoito, já que era dotado de uma inteligência de gênio, assimilou mais de pronto e mais a fundo a Mensagem Evangélica de Jesus, enquanto que aquele, um simples pescador, além de ser muito humilde - não tanto de recursos materiais, mas, de virtude -, parece ter sido tomado de uma certa dificuldade para se libertar, totalmente e de imediato, das Leis Mosaicas.

Assim é que, por ser a prática ritualística da Circuncisão uma das características fundamentais do Judaísmo - e ainda hoje o é - , não deu outra na conversão dos judeus ao ainda mal estruturado e frágil Cristianismo: uma grande parte dos judeus recém-convertidos a ele, por estar ainda muito apegada às tradições da Lei Antiga, entendeu e passou a ensinar que quem não era judeu e, portanto, não circuncidado, deveria submeter-se, primeiro, a esse importante ritual judeu, como sendo uma espécie de um tirocínio, antes de se converter ao Cristianismo.

Havia, pois, dois blocos de cristãos: o dos apegados à exigência incondicional da Circuncisão, e o dos que a consideravam dispensável à conversão ao Cristianismo. E essa polêmica passou a atingir, principalmente, os gentios (povos pagãos, ou não judeus), que não eram, pois, circuncidados, tornando-se um problema sério para esses povos abraçarem a Nova Doutrina, já que simpatizavam com ela, mas não aceitavam a Circuncisão.

E esse problema passou a ser sentido bem de perto por Paulo, o Apóstolo dos Gentios, porquanto era ele o líder cristão dos pagãos, isto é, daqueles povos de nações distantes da Palestina, o que vale dizer daqueles povos completamente desligados da influência dos costumes judaicos, entre eles, o da Circuncisão.
E Paulo não teve dúvidas. Apesar de ter até circuncidado Timóteo – o que fez para não escandalizar judeus gregos, segundo ele mesmo no-lo afirma -, passou quase a desmoralizar a Circuncisão, a qual para ele era simplesmente uma mudança exterior, material, enquanto que os cristãos deveriam primar por uma mudança interior, do Eu Espiritual.

E tanto Paulo criticava a Circuncisão, como criticava os seus adeptos. E, talvez, tenha-lhe faltado até um pouco de humildade, o que, conforme à nossa menção acima, era uma virtude especial de Pedro.

E o certo é que São Paulo, de tanto esbravejar, assim, contra a Circuncisão, e de tanto mostrar a sua inutilidade, ao mesmo tempo em que criticava seus defensores, acabou mostrando-nos que São Pedro liderava o bloco oposto a ele, ou seja, o dos circuncisos, sendo o pregador do Evangelho para eles, enquanto que ele, Paulo, o era dos incircuncisos Isso, que estamos afirmando, consta de Gálatas 2:7. É, pois, o próprio Paulo que nos fala desses dois blocos e dessas duas lideranças, exercidas na pregação do Evangelho, por ele e por Pedro, aos seus respectivos subordinados, isto é, os incircuncisos e os circuncisos.

E, quando destacamos a virtude da humildade de Pedro, temos um motivo para isso, pois tudo o que sabemos sobre essa polêmica envolvendo os cristãos daquele tempo, afeiçoados da Circuncisão e os que passaram a renegá-la, chegou-nos através da fala paulina encontrada em suas Epístolas e em Lucas, em Atos, já que o humilde Pedro não nos deixou registrada uma palavra, sequer, a favor da Circuncisão e dos seus correligionários, ou contra a Incircuncisão e os seus defensores liderados por Paulo. Mas este, como vimos, não poupou críticas a seus adversários.

Esse assunto sempre causou um certo mal-estar nos teólogos cristãos, que, geralmente, evitam fazer abordagem dele, pois ele nos mostra a fragilidade dos próprios dois grandes Apóstolos de Jesus, e que, no entanto, escreveram partes das mais importantes da Bíblia, ou mais precisamente, do Novo Testamento, fato esse que traz certas dúvidas para o cristão.

O Concílio de Jerusalém, em 49, teve por objetivo principal resolver essa polêmica. E, quando todos esperavam que Pedro, ao tomar a palavra, fizesse uma veemente condenação do bloco dos incircuncisos, nem aí a sua humildade deixou de vir novamente à tona, pois não mencionou uma só palavra sobre esse assunto. E esse seu virtuoso e respeitado silêncio serenou os ânimos.

Daí em diante, é verdade que ainda houve entreveros entre os dois blocos adversários, mas, aos poucos, prevaleceu o ponto de vista Paulino, graças à humildade de Pedro, sem a qual o Cristianismo ter-se-ia rachado ao meio, antes mesmo de acabar de ser instituído!

José Reis Chaves é escritor, palestrante, radialista e professor de Português e Literatura, formado na PUC-Minas.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O SALMO 119 E A EXCELÊNCIA DA LEI DIVINA



O Salmo 119 é o mais extenso e bem elaborado dos salmos sapienciais acrósticos ou alfabéticos.

A versão Almeida Revista e Corrigida e outras traduções preservam o aspecto alfabético ao imprimir as letras hebraicas no início de cada seção.

O salmo é dividido em vinte e duas seções, uma para cada letra do alfabeto hebraico. Cada seção é composta de oito versículos. Cada versículo no hebraico começa com uma palavra cuja primeira letra é a do cabeçalho da divisão.

Dessa forma, cada um dos versículos 1-8 inicia com uma palavra cuja primeira letra é aleph (a primeira letra do alfabeto hebraico), os versículos 9-19 com palavras que começam com a segunda letra, beth; os versículos 17-24 com a terceira letra, gimel, etc.

O tema dos salmos é a lei gloriosa do Senhor e a sua observância de todo o coração (cf.2,10,34,58,69,145).

O termo hebraico para lei é torah, cujo significado é bem mais amplo do que essa palavra sugere em português.

Torah é, na verdade, a vontade de Deus como foi revelada a Israel.

Esta palavra traz consigo a idéia de orientação, e seu significado básico é ensino ou instrução.

A característica principal deste salmo é a “melodiosa repetição de oito sinônimos da vontade de Deus”.

1) Torah (Lei), 25 vezes: Comumente a palavra aqui indica o bloco inteiro dos ensinos como encontrado nos escritos de Moisés.

2) Piqqudim (preceitos), 21 vezes. Essa palavra, encontrada somente na poesia, é um sinônimo para decreto ou preceito.

3) Huqqim (decretos), 21 vezes: Em hebraico significa “coisas inscritas” e assim estabelecidas na lei.

4) Mitzvah (Mandamentos), 21 vezes: Isso se refere a claras e definidas direções emitidas por Deus.

5) Mishpattim (julgamentos), 19 vezes. Em hebraico significa um compromisso de uma decisão judicial que estabelece um precedente.

6) Dabbar (palavra), 20 vezes. Significa uma revelação, mas também é usada especificamente nos Dez Mandamentos que Deus deu à Israel por intermédio de Moisés.

7) Imrah (dito), 19 vezes. Outra palavra poética, freqüentemente usada em vez de dabar.

8) Derek (caminho), 11 vezes. Uma metáfora para o caminho da vida que o crente deve viver.

domingo, 13 de setembro de 2009

INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DA MENSAGEM BÍBLICA



O acróstico do Salmo 119 e a mensagem espiritual para o homem

1) Álefe (Salmo 119.1-8) – A Bênção em Guardar a Lei

Os versículos introdutórios ditam o tom de todo o poema. “Felizes são os irrepreensíveis”, “os perfeitos, retos, sem culpa”, que andam na lei do Senhor.

- Aqueles que seguem os princípios da ação que a sua Palavra estabelece e que o buscam de todo o coração:

a) são verdadeiramente abençoados;
b) andam em seus caminhos;
c) são dirigidos por Deus
O Salmista mostra que está confiante em que o que lê pedir a Deus, Ele fará.

2) Bete (Salmo 119.9-16) – A Palavra Purificadora

Muitos concluem, com base no versículo 9, que o autor do salmo era um jovem. No entanto, existe a possibilidade de que essa expressão reflita o interesse dos mestres da sabedoria no bem-estar dos jovens da nação.

Jovem ou velho, nosso caminho é purificado ao vivermos conforme a palavra de Deus e a escondermos em nosso coração.

3) Guímel (Salmo 119.17-24) – O alvo da vida

O conhecimento e a observância da palavra de Deus são o alvo da vida, e são força e conforto em tempos de desprezo e perseguição.
A palavra de Deus é:

- v.17: fonte de vida
- v.18: visão
- v.19: orientação
- v.20: aspiração

4) Dálete (Salmo 119.25-32) – A grande escolha

Em angústia de espírito, o poeta clama por avivamento “(v.25) A minha alma apega-se ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra”.
Em 2 Crônicas 17.7-10, a Bíblia nos mostra que Josafá produziu um avivamento espiritual em Judá mediante o ensino da Palavra de Deus.

5) Hê (Salmo 119.33-40) – Oração por firmeza

Esta estrofe é composta de uma série de petições centradas no desejo do salmista por instrução e entendimento e na ajuda de Deus.
Mais profundo do que a informação é o entendimento, que leva à obediência da lei de todo coração (v.34)

6) Vav (Salmo 119.41-48) – Não há vergonha da Palavra

A sexta estrofe continua com expressões de anseio e desejo por auxílio e orientação que vêm através da Palavra de Deus.
“O v.48 Também levantarei as minhas mãos para os teus mandamentos, que amo, e meditarei nos teus estatuto”

7) Zain (Salmo 119.49-56) – A Palavra que dá Vida. Em meio às dificuldades, o salmista encontra esperança e consolação na Palavra de Deus.
“(v.50) Isto é a minha consolação na minha angústia, que a tua promessa me vivifica”.

8) Hete (Salmo 119.57-64) – A Companhia dos Comprometidos

Deus e sua Palavra são o principal tesouro do salmista, e o trouxeram para uma comunhão com os tementes a Deus entre o seu povo.
O salmista encontrou companheirismo com todos os que temem ao Senhor e guardam os seus preceitos.

9) Tet (Salmo 119.65-72) – O valor da aflição

O autor aprendeu o valor disciplinador da aflição. O castigo que foi difícil de suportar produziu “um fruto pacífico de justiça (Hb 12.11)”.
A aflição lhe ensinou a obedecer “Antes de ser afligido, eu me extraviava; mas agora guardo a tua palavra”.

10) Iode (Salmo 119.73-80) – O clamor pela integridade da Alma

Os caminhos do Senhor com o seu povo são encorajamento para os justos e confusão para os ímpios.
O salmista sabe que é beneficiário da providência e bondade de Deus.
Foi Deus quem o fez, e ele, portanto, deseja ser ensinado por Ele.

11) Kaf (Salmo 119.81-88) – Apoio sob pressão

O salmista está em profunda dificuldade, possivelmente em virtude de uma doença e por causa da perseguição ativa daqueles que são inimigos da retidão.
Sua alma está desfalecida, seus olhos fracos, enegrecido, enrugado e quase irreconhecível.
Estava sob forte pressão de seus inimigos.
v.88 Vivifica-me segundo a tua benignidade, para que eu guarde os testemunhos da tua boca.

12) Lâmede (Salmo 119.89-96) – A inabalável Palavra de Deus

Embora as circunstâncias e o conhecimento dos homens mudem e sejam inconstantes, a Palavra do Senhor permanece no céu para sempre.
v. 89 Para sempre, ó Senhor, a tua palavra está firmada nos céus.
v. 90 A tua fidelidade estende-se de geração a geração; tu firmaste a terra, e firme permanece.

13) Mem (Salmo 119.97-104) – Sabedoria por meio da Palavra

O valor da lei do Senhor em conceder sabedoria e entendimento ao obediente é o tema dessa estrofe.
Ao meditar nos ensinos da Palavra de Deus, o salmista havia recebido sabedoria maior que a dos seu inimigos (cf vv.97,98)
97 Oh! quanto amo a tua lei! ela é a minha meditação o dia todo.
98 O teu mandamento me faz mais sábio do que meus inimigos, pois está sempre comigo.
99 Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação.

14) Nun (Salmo 119.105-112) – A Luz da Vida

A palavra de Deus oferece luz para o caminho, passo a passo, ao longo desse caminho.

15) Samech (Salmo 119.113-120) – Caminho de Vida e Caminho de Morte

Aborrecimento à duplicidade.
No Senhor, o poeta encontra segurança e proteção dos ataques contínuos de malfeitores.
Para ele, esperança e segurança só são encontrados no Senhor.

16) Ain (Salmo 119.121-128) – Tribulação e Testemunho

No meio da opressão e da tribulação, o salmista testifica da sua lealdade à lei de Deus e ora por um suporte contínuo.

17) Pê (Salmo 119.129-136) – Liberdade à Luz da Lei

O poeta acha os testemunhos do Senhor maravilhosos e por isso os guarda.
Uma vida de acordo com o padrão de Deus será livre do domínio de qualquer tipo de iniqüidade. Aqui temos no Antigo Testamento uma oração pela perfeição do Novo Testamento.
Encontramos a libertação da opressão do homem e o favor contínuo de Deus aos que guardas os seus estatutos.

18) Tsadê (Salmo 119.137-144) – A justiça duradoura de Deus

A justiça, pureza e verdade da lei de Deus eram responsáveis pelo profundo amor e reverência do salmista.
v.137 Justo és, ó Senhor, e retos são os teus juízos.
v.140 A tua palavra é fiel a toda prova, por isso o teu servo a ama.

19) Cofe (Salmo 119.145-152) – A verdade ajuda a vencer a dificuldade

Profundamente angustiado, o poeta promete obediência à Palavra de Deus, e clama por ajuda.
v.145 Clamo de todo o meu coração; atende-me, Senhor! Eu guardarei os teus estatutos.
v.146 A ti clamo; salva-me, para que guarde os teus testemunhos.

20) Rexe (Salmo 119.153-160) – Oração por avivamento e Livramento

A petição: vivifica-me, repetida três vezes (154,156,159), domina esse clamor por livramento dos perseguidores.
Otras versões também traduzem “preserva minha vida”, “conserva-me vivo”, “dá-me vida”.

21) Chin (Salmo 119.161-168) – Perseguido, mas em Paz

O salmista experimenta paradoxalmente a paz em meio à perseguição e todo o tumulto envolvido.

22) Tav (Salmo 119.169-176) – Oração por Ajuda e Orientação

Em oração e súplica, o salmista conta com a palavra do Senhor.
Seus lábios e sua língua serão colocados a serviço da Palavra.
Escolheu os preceitos de Deus, tem desejado a sua salvação e seu prazer está na Lei de Deus.
v. 174 Anelo por tua salvação, ó Senhor; a tua lei é o meu prazer.

Fonte: CHAPMAN, Milo L., PURKISER, W.T., WOLF, Earl C., HARPER, A.F.
Comentário Bíblico Beacon. Volume 3. CPAD.